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12 setembro 2011

Decretada prisão de três PMs acusados de executar a juíza Patrícia Acioli

Na data de ontem (11), o plantão Judiciário de Niterói (RJ) decretou a prisão temporária de três Policiais Militares (PMs) acusados pelo homicídio da juíza Patrícia Acioli. O inquérito que investigava a morte da juíza concluiu que os PMs executaram a magistrada em frente a sua residência.


Caso – O homicídio da juíza ocorreu em 11 de agosto tendo sido atingida por 21 tiros, de 38mm, 40mm e 45mm que foram recolhidos pelos peritos da Divisão de Homicídios do Rio (DH) em frente a residência da magistrada onde o crime ocorreu, sendo certo que de acordo com a Companhia Brasileira de Cartuchos, o lote foi vendido para a PM e parte destinado ao 7º BPM.
Segundo o inquérito, um mês antes do crime, a juíza havia decretado as prisões do trio que também é acusado pelo homicídio de Diego de Souza Beliene, de 18 anos, que ocorreu no Complexo do Salgueiro em São Gonçalo no mês de junho.
A magistrada teria enviado um ofício ao comando do 7º BPM para que fossem informados os nomes e identidades dos integrantes da guarnição do GAT que participaram da operação no Complexo do Salgueiro, tendo como intenção a inclusão no processo de toda os PMs que estavam presentes no local, já que somente os cabos Sammy dos Santos Quintanilha e Flávio Cabral Bastos tinham sido presos até aquele momento.
Na apuração ficou comprovado que a advogada de um dos acusados pelo homicídio da juíza teria ido ao Fórum de São Gonçalo na data do crime, e ao saber da decretação de prisão ligou para seu cliente Sérgio, que posteriormente, juntamente com o tenente Daniel e com o outro cabo Jefferson, deslocaram-se para o fórum e seguiram a magistrada até sua residência.
Pela análise das câmeras de monitoramento de vigilância da região do crime foi observado que a juíza foi seguida desde a saída do fórum por seus executores, que estavam em uma motocicleta Honda azul, modelo Falcon, que ao perceberem que esta seguia para sua residência, onde eles já tinham estado um mês antes, os PMs a ultrapassaram ficando escondidos atrás de uma Kombi estacionada na frente de uma casa vizinha a de Patrícia, tendo efetuado os disparos assim que a magistrada chegou na porta do condomínio.


Motivação – A motivação foi a decretação de prisão que foi expedida pela juíza em face do homicídio de Diego, durante uma incursão no conjunto da PM, no Complexo do Salgueiro, comandada pelo tenente Daniel.
Os policiais teriam informado que a morte decorreu de auto de resistência por parte de traficantes, entretanto a versão não foi comprovada, tendo dois cabos sido presos temporariamente.


Prisão – O plantão Judiciário decretou as prisões temporárias do tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e dos cabos Sergio Costa Junior e Jefferson de Araujo Miranda, ambos do Grupo de Ações Táticas do 7º BPM (GAT – São Gonçalo). Os três PMs encontram-se presos na Unidade Prisional, o antigo BEP.
De acordo com Patrícia, como declarado no pedido de prisão temporária, os policiais são definidos como "membros de uma verdadeira organização criminosa de altíssima periculosidade".

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